4 de agosto de 2011

A Sogil é imoral

O transporte coletivo em Gravataí explorado pela Sogil é imoral. É uma vergonha para a nossa cidade ter uma empresa que não honra pelos bons serviços. Infelizmente, este monopólio explorador não afeta só os gravataienses.

Segunda-feira, 1º/ago, 19h, centro de Porto Alegre. O velho e sucateado Sogil empaca no início do corredor da Farrapos. Em pleno horário de pico, causa congestionamento em boa parte do centro da capital, afetando outros moradores da região metropolitana. O morador da zona norte de Porto Alegre desabafa "Ônibus parados dentro do corredor, não por causa do congestionamento, e sim, falhas mecânicas. Situação previsível dado o estado físico do veículo. Nem mesmo as combatidas carroças são tão prejudicias ao trânsito quanto algumas latas velhas a circular pelas ruas. Declaram-nas, pretenciosamente, veículos de transporte coletivo, na verdade, funcionam mais como veículos de tortura coletiva, além disso, fomentam o afastamento do cidadão deste serviço".

É flagrante a incompetência da Sogil na prevenção mecânica dos seus veículos. Ônibus novos, com menos de 6 meses de uso, saem da garagem e estragam no caminho. Hoje de manhã, o 5068 não rodou mais de 10km e quebrou na parada 63. (foto)


Foi na mesma parada que a carroça 5050 - Gravataí Anchieta Ponte - passou por trás de outros ônibus parados e seguiu viagem sem atender aos sinais dos passageiros que aguardavam a linha. É humilhante, em pleno horário de pico, ter de esperar um ônibus por 20 minutos e este passar direto mesmo estando "vazio". É mais humilhante ainda, ter de esperar mais 12 minutos para embarcar no próximo ônibus cheio.

A Sogil não consegue levar seus clientes até o destino final, mesmo cobrando uma passagem absurda que pode chegar a R$ 6,35. Pior, este serviço indecente e precário atravanca pessoas trabalhadoras de outras cidades. A fiscalização nos nossos ônibus é um vexame. As outras empresas fiscalizam (quando fiscalizam em horário de pico) em segundos. Mas a Sogil leva, no mínimo, 2 minutos para liberar um ônibus. Na Anchieta, ontem à noite, quatro Sogil se agruparam na saída de Porto Alegre. O fiscal levou 10 minutos para liberar os ônibus. Enquanto isso, dezenas de ônibus de outras cidades tiveram de ficar na fila esperando a burocracia monopolística da Sogil atuar.

Infelizmente é este o transporte que temos. Algo indecente, de uma precariedade absurda de horários e conforto. Obscuro em suas licitações cujos detalhes ninguém sabe, ninguém diz e quando se pergunta aos órgãos gestores Metroplan e AGERGS, um empurra para o outro e não dá uma resposta.

Nesta aldeia de Gravataí, nossos "caciquinhos" políticos só se preocupam em conquistar votos para a próxima eleição solicitando troca de lâmpadas, reparo de bueiros e instalação de quebra-molas em suas bases. Já o cacique de verdade, a Sogil, manda, desmanda, faz o que quer, forra os bolsos substituindo linhas comuns por executivas. Se quem deveria zelar pelo interesse coletivo da nossa cidade não está nem aí para gente, só nos resta a decepção e a revolta e o sentimento de que estamos abandonados. E que o serviço imoral da Sogil será nosso companheiro de banco a cada viagem.

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